A Faculdade Serra da Mesa, através do seu espaço de apoio psicopedagógico acompanha e articula atendimento educacional especializado para os alunos que tenham alguma limitação de aprendizagem ou alguma necessidade especial, considera-se nestes casos, as especificidades.
Após o ingresso do aluno com qualquer “deficiência”, a instituição elabora e organiza recursos pedagógicos e a acessibilidade, com intuito de eliminar barreiras, objetivando que o discente possa exercer com autonomia suas competências e habilidades.
A instituição, disponibiliza apoio de bolsa interna, por um lado sente cumprir seu papel no enfrentamento dos desafios postos quanto as pessoas com deficiência, pois reconhece que o direito à educação teria que ser universal, assim como, caminho viabilizador de outros direitos.
Por outro lado, faz o convite a reflexões acerca de onde de fato estão as “deficiências”, se não no olhar mal informado, preconceituoso e indiferente e nas próprias instituições que paradoxalmente falam de inclusão e na praticam de fato tais ações. Exemplo disso, e, segundo a Organização Mundial de Saúde, com base nos dados de dois mil e onze, um bilhão de pessoas vivem com alguma deficiência, alertando que oitenta por cento dessas pessoas residem em países em desenvolvimento e entre essas pessoas, num total de vinte por cento estão as pessoas mais pobres do mundo e sem escolaridade, incidindo marginalização e vulnerabilidade (BRASIL, 2011).
De acordo com a Diretora Acadêmica da FaSeM, professora Sheila S.C. Ribeiro: “Além de nossos alunos terem uma trajetória de direitos violados lidando no dia a dia, com contextos excludentes, fruto de uma exclusão culturalmente legitimada. Eles, rompem barreiras chegam à faculdade, e aqui terão todos os direitos e apoio necessário para continuarem trilhando o brilhante caminho que escolheram, de serem capazes.
O aluno do 1º período do curso de música da FaSeM: Irivaldo Rodrigues Moreira, 31 anos, “deficiente” visual, que reside na cidade de Alto Horizonte relata que: “A música faz parte da minha História desde a infância, no início como hobby, mas devido a perca da visão a três anos, hoje a música é a minha vida, não vivo mais sem ela. E por querer me profissionalizar pesquisei uma instituição, que além de oferecer o curso, cedesse um monitor para auxiliar nas minhas limitações, e jamais pensaria que iria encontrar uma instituição com esses predicados tão próximo de onde eu moro, e eu encontrei tudo isso na FaSeM”: Finaliza Erivaldo.
Felipe Augusto Alves Brito, 22anos; também estudante do 1º período do curso de música, portador da Síndrome de Down, diagnosticado no momento do parto com as lesões; paralisia cerebral e medular; cita que: “ Em todo o período escolar quis estudar em colégios regulares por ser a favor da inclusão, sempre gostei de ler olhava para as minhas primas, e todas elas formando-se no ensino médio, falava comigo mesmo, um dia vai chegar a minha vez. E isso só aconteceu com o apoio e incentivo total de minha família, que nunca se cansou de mim, definitivamente o estudo é a minha vida, e por amar música resolvi prestar vestibular para o referido curso e sempre dizia; um dia irei me tornar aluno da FaSeM! Hoje estou aqui, nesta conceituada faculdade, com professores qualificados, e correndo atrás do meu sonho de ser músico. E você o que anda fazendo”? Encerra Felipe.
Professora Sheila acrescenta que: Devemos nos ocupar menos com as limitações, e olhar mais as potencialidades das pessoas, assim quem sabe um dia, deixaremos de conceituar as pessoas pela deficiência e aprenderemos chamá-los pelo nome. Noreconhecimento e enfrentamento dos desafios culturais, sociais, arquitetônicos e imaginários, em relação as pessoas com “deficiência”, podemos percorrer passos importantes para uma sociedade mais justa e menos excludente.
Feito por: Professora Sheila S.C.Ribeiro, Diretora Acadêmica e Ana Clara Lima, jornalista.