Na última sexta feira (14/06) foi realizada, pela equipe do CAEE, “Betinho”, uma Roda de conversa com o tema: Desafios da inclusão no Ensino Superior. Marcaram presença no evento representantes das Instituições de Ensino Superior de Uruaçu; IFG, UEG e FaSeM com intuito de exporem os desafios da inclusão no ensino superior. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/Censo 2010), apenas 6,66% das pessoas com deficiência tem Ensino Superior completo, esse dado demonstra as incapacidades e as deficiências dos sistemas de ensino, somado à uma trajetória de exclusão social que essas pessoas vivem. O dado evidencia também a necessidade de ações voltadas à inclusão das pessoas com deficiência, a fim de garantir-lhes o direito de acesso e permanência no ensino superior.
Na oportunidade a diretora acadêmica da Faculdade Serra da Mesa professora Ma. Sheila Santos apresentou o plano de acessibilidades da instituição e um resumo do resultado da pesquisa apresentada em seu mestrado, Sheila alertou sobre os desafios postos não apenas as instituições educacionais, mas em outras organizações e na sociedade em geral, em relação à inclusão da pessoa com deficiência. Quanto aos desafios enfrentados no ensino superior a FaSeM mantem implementação periódica em seu plano de acessibilidades, para incentivo e apoio aos alunos com deficiência, conta com apoio especializado, bolsa tutoria e monitoria, além de manter grupo de estudo quanto ao processo de marginalização da pessoa com deficiência.
Em síntese, para professora Sheila, pesquisadora do tema, em relação aos diversos processos excludentes, ‘é preciso refletir sobre a cultura da sociedade corpolatra e consumista, sobre todo o contexto histórico e cultural a que foram submetidas as pessoas com deficiência. Um passo importante para mudar o futuro, é repensar os erros do passado. O ato de ressignificar o olhar sobre as diversas formas de legitimações de exclusão pode contribuir para ações inclusivas. Não vivemos ainda um processo de inclusão, sim um pseudo inclusão, tanto no campo simbólico quanto nas práticas falta-nos discussões sobre a temática da pessoa com deficiência, falta ressignificar nosso olhar, que muitas vezes representa falta de informação, preconceito e indiferença.
“Uma sociedade que exclui uma parte de seus membros é uma sociedade empobrecida. As ações que melhoram as condições para pessoas com deficiência resultarão em se projetar um mundo flexível para todos. “O que for feito hoje em nome da questão da deficiência terá significado para todos no mundo de amanhã” (Declaração de Madri, p.2, 2013).